Práticas Pedagógicas
O papel da escola no desenvolvimento de um aluno autônomo
18 de junho de 2020
“O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender.”
(Alvin Toffler).
Durante muito tempo o professor foi tido como a autoridade máxima dentro da sala de aula. Era ele que definia o assunto que seria abordado, e como ele deveria ser estudado. A troca de informação era completamente unilateral, com somente o professor falando. O aluno, só ouvia.
Dentro desse formato de sala de aula, o aluno tem um papel passivo dentro do seu próprio processo de aprendizagem. Cabe a ele apenas seguir as orientações e mostrar que aprendeu minimamente aquele assunto, por meio de provas e avaliações.
Mas agora os tempos são outros, grandes mudanças acontecem a todo momento. O conhecimento que hoje é relevante amanhã pode tornar-se irrelevante. Para adaptar-se a esse novo cenário, a forma de ensinar precisa passar por mudanças. O aluno deve cada vez mais tornar-se o protagonista da sua aprendizagem.
O papel do professor ainda é importantíssimo, mas agora ele está lá para orientar mais do que guiar. Nesse novo formato, o professor dá a oportunidade para o aluno explorar e entender o conteúdo da aula de sua maneira. Isso não significa deixá-lo sozinho, mas mediar o processo de aprendizagem desse aluno do início ao fim.
Dentro desse novo cenário, é papel também do professor despertar o interesse dos alunos nos tópicos que precisam ser estudados. Alguns assuntos podem simplesmente não cativar o aluno, por não fazerem parte de sua realidade. Cabe ao professor engajar o aluno e auxiliá-lo durante o caminho.
Quando incentivamos os alunos a serem mais autônomos, oferecemos uma educação que durará a vida inteira, não apenas durante o período escolar. Um aluno com autonomia é um indivíduo proativo, capaz de facilmente encontrar soluções para os problemas que ele possa enfrentar, dentro e fora do ambiente escolar.
O aluno autônomo participa ativamente de aulas e tem diálogos com professores e colegas. Nesses momentos, ele tem até a oportunidade de ser o mediador daquele conhecimento para o restante da turma.
Nesse novo mundo, muito mais importante do que o conteúdo é a capacidade de os alunos de lidarem com os problemas do futuro, quaisquer que eles sejam.
Adaptações na relação Professor x Aluno
Um dos primeiros pontos que deve ser considerado pelo professor no processo de dar mais autonomia aos alunos, é de que ele precisa estar ciente que precisará abrir um pouco a mão do controle que ele estava acostumado a ter sobre o curso da aprendizagem.
O professor também deve incentivar o aluno a ser autônomo. Um maneira simples de fazer isso é alterar a forma como os assuntos são abordados dentro da sala de aula, saindo de uma metodologia dedutiva, em que o professor se põe à frente da sala para trazer a explicação, para uma metodologia mais indutiva, em que os alunos são incentivados a descobrirem aquele conteúdo por meio de exemplos e questionamentos.
Tecnologia e a Sala de Aula Invertida
Com a tecnologia cada vez mais presente dentro das escolas, os professores passaram a ter ferramentas poderosas para desenvolver o aluno autônomo. Mas a tecnologia precisa estar aliada à metodologia para trazer resultados.
As escolas parceiras do Sistema de Ensino Poliedro, por exemplo, têm acesso a uma série de plataformas digitais, que oferecem conteúdos em forma de videoaulas, avaliações e simulados. Além disso, é possível por meio dessas ferramentas extrair relatórios individuais e desenvolver atividades específicas baseadas nas dificuldades individuais de cada aluno.
O uso dessas tecnologias ainda permite a introdução do conceito da sala de aula invertida ou flipped classroom. Nesse modelo, o aluno é exposto ao conteúdo que será abordado antes da aula com o professor. Dessa forma, os alunos que antes só consumiam o conteúdo dentro da sala de aula, agora começam a fazê-lo dentro de suas casas.
Essas ferramentas tecnológicas permitem que o aluno tenha muito mais controle da sua aprendizagem.
Considerações finais sobre o aluno autônomo
É impossível prever o futuro. Muitas das profissões que existem hoje, não existiam 15 ou 20 anos atrás. Um indivíduo autônomo tem a capacidade de adaptar-se a essas novas realidades e aprender novas habilidades que sejam necessárias, tudo por conta própria.
Mas se engana quem pensa que nesse novo cenário a escola ou o professor tem um papel menos importante. Pelo contrário, cabe a eles desenvolver essas habilidades nos alunos, os ajudando a desenvolver essa autonomia ao longo dos anos de escola.
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