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Ensino Médio

Novo Ensino Médio e seus desafios

10 de novembro de 2020

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Já falamos aqui no blog sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as mudanças que ela traz para a educação no Brasil. O novo formato altera profundamente a forma como se ensina e se aprende, sobretudo no Ensino Médio, nível escolar que sofreu mudanças mais drásticas. A partir de 2021, os estudantes poderão escolher em quais áreas do conhecimento pretendem se aprofundar ao longo dos três anos do Ensino Médio.

O novo currículo agora é composto de 3 mil horas, distribuídas em um período de três anos. Do total, no máximo 1.800 horas serão destinadas às aprendizagens essenciais previstas na BNCC. E no mínimo outras 1.200 serão dedicadas aos Itinerários Formativos, que são a parte flexível do currículo, na qual os alunos poderão escolher diferentes trilhas de acordo com suas preferências e objetivos.

Esse novo formato visa aproximar os conhecimentos adquiridos pelos alunos nos últimos anos escolares das demandas do mercado de trabalho e do mundo moderno. O Novo Ensino Médio vai ajudar a desenvolver alunos mais independentes, com mais autonomia e que sejam protagonistas da sua própria aprendizagem. 

Como toda mudança, o Novo Ensino Médio também apresenta novos desafios para alunos, professores e escola. Continue lendo o texto abaixo para entender ainda melhor como será o Ensino Médio daqui para frente.

Escolas terão que reorganizar sua proposta curricular

Muitas escolas ainda têm preocupação com a implementação dos Itinerários Formativos por acreditarem que existe um grande custo envolvido com a oferta de aulas baseadas nas áreas do conhecimento. 

Cada colégio terá de oferecer minimamente Itinerários Formativos em duas das áreas do conhecimento previstas, mas não haverá nenhuma necessidade de dividir turmas de acordo com o ano que o aluno estiver cursando. Isso quer dizer que será possível ter alunos de diferentes séries do Ensino Médio dentro de um único Itinerário, diminuindo drasticamente o custo de operação da escola. 

A princípio, as escolas poderão iniciar a implementação do Novo Ensino Médio apenas pela 1ª série. Isso possibilitará uma transição mais sustentável para a nova proposta curricular.

Além disso, parcerias entre diferentes instituições de ensino poderão ser criadas para dar ainda mais opções de Itinerários Formativos aos estudantes do Ensino Médio.

A importância do diálogo 

A adoção de uma Base Nacional Comum Curricular é totalmente inédita no Brasil. Todo o universo educativo terá de passar por um grande processo de adaptações. Os currículos das escolas terão de ser adequados, os materiais didáticos precisarão de novos ajustes, e até mesmo a formação de professores passará por mudanças.

Com isso, é perfeitamente normal que surjam dúvidas entre pais, alunos e professores. A escola tem o importante papel de explicar de forma clara a todos os envolvidos as mudanças que esse novo modelo traz.

Entre os estudantes, poderão existir questionamentos sobre como funcionará a carga horária de estudos, qual Itinerário Formativo escolher e os impactos que essas escolhas terão em seu futuro. E os pais talvez tenham dificuldade de entender como funciona esse novo formato, enquanto professores e diretores poderão ter dúvidas sobre o cotidiano da escola e as adaptações que terão de ser feitas para a implementação dos Itinerários.

Esses são alguns exemplos de questões que deverão ser refletidas e respondidas durante o processo de implantação do Novo Ensino Médio. 

A escola deverá primeiro alinhar com seu corpo docente como será implementado o novo sistema. É nesse momento que surgem os principais questionamentos internos, e esse diálogo é importante para que, quando chegar o momento de comunicar pais e alunos, a mensagem passada por todos seja a mesma.

A comunicação com a família requer ainda mais cuidado. As escolhas dos Itinerários e seus objetivos deverão ser explicados com clareza, de preferência pelo canal de comunicação oficial. O diálogo também deverá ser aberto, e a escola terá de estar pronta para esclarecer possíveis dúvidas. 

Formação dos professores para o Novo Ensino Médio

Outro ponto de atenção para as escolas é o trabalho de formação do seu corpo docente, já que os Itinerários se diferem do componente específico das disciplinas tradicionais. Essa reforma exigirá que os professores e coordenadores passem por uma adaptação. As escolas deverão dar suporte para esses profissionais e ajudá-los a entender essa mudança e como eles terão de fazer na prática. 

Para isso, a escola deverá promover oficinas de capacitação e cursos, além de oferecer as ferramentas necessárias para a sala de aula. O ambiente digital faz com que a troca de informações fique ainda mais fácil, permitindo que a formação desses profissionais aconteça até mesmo remotamente. De uma forma ou de outra, é importante que a escola tenha uma estratégia para auxiliar seu corpo docente nesse processo de transformação e adaptação ao Novo Ensino Médio.

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